sábado, 4 de setembro de 2010

Minha Infância


A primeira coisa da qual me lembro é a nossa mudança para Colina Formosa. Eu era apenas uma garotinha quando nos estabelecemos definitivamente na cidade. Recordo-me da estufa com uma pequena horta, onde meu pai trabalhava e a qual fornecia o nosso sustento, enquanto ele não encontrava um emprego no mesmo horário da escola. Papai não gostava da ideia de me deixar sozinha com uma babá e nunca compreendi seus motivos para isso.




A pintura interna da casa estava descascando, amarelada e suja, nas paredes externas os tijolos aparentes estavam se deteriorando. Havia um espaço razoável na cozinha para comportar a barra de balé e o piso de madeira era apropriado para a dança. Local onde passávamos a maior parte do nosso tempo.



Com certeza estas últimas características especiais e o baixo valor do aluguel influenciaram na escolha do meu pai. Havia apenas um quarto, motivo pelo qual nos obrigava a compartilhar a mesma cama. Embora não fosse nenhum incômodo para mim, imagino que o fosse para ele.



O maior prazer do meu pai é a dança. Seu sonho é se tornar um grande bailarino. Mesmo sendo tão pequena, eu me culpava por atrapalhar seu projeto. Se ele não tivesse a mim para cuidar, poderia se dedicar mais ao balé e não precisaria manter sua excelência em uma sala apertada.



Quando comecei a andar ganhei minha primeira malha de balé, papai me incentivava a ficar "en dehors" para conquistar a primeira posição. Com muita dedicação aprendi os primeiros passos e passei a apreciar a dança. A experiência de buscar mover-me em consonância com o som existente dentro mim era extremamente agradável e estimulante.



Obviamente a minha verdadeira paixão sempre foi a música. Voltava da escola e terminava as minhas tarefas correndo para tocar meu violino e nem percebia o passar das horas. Muitas vezes não notava o ambiente escurecer com o cair da noite, pois mantinha meus olhos fechados ao tocar. Quando comecei aos quatro anos, eu mal arranhava algumas notas, no entanto observava a música fluir intensamente no meu interior.



Queria expressar o som do sussurrar do vento nas árvores, do rolar das folhas de outono, do rufar das asas das borboletas, do borbulhar e do gotejar da água na pia. Meus ouvidos sensíveis escutavam desde uma suave canção até uma sinfonia monumental em todos os movimentos da natureza, das pessoas e dos objetos.



A relação com meu pai era especial e havia muita cumplicidade entre nós, apesar de trocarmos raras palavras. Ele acordava bem cedo e fazia panquecas para o nosso desjejum. Após saciarmos a fome, me fazia cócegas até eu chorar de tanto rir. Ele sempre estava de bom humor e mantinha um sorriso adorável.



Papai é extremamente bonito, com seus olhos lilases exatamente iguais aos meus, a tez clara é vibrante e rosada. Sempre me perguntei o motivo de não ter o seu tom de pele. Seus cabelos pretos como os meus, cortados rentes à cabeça, eram fartos e emolduravam seu rosto másculo e belo com perfeição. Sem contar o corpo escultural, modelado pelas horas dedicadas a dança.



Quando chegava da escola, uma hora e meia antes do anoitecer, corria para estufa com a minha lição. Aproveitava o final da tarde e a luz do sol para fazer as tarefas, ao mesmo tempo apreciava a companhia do meu pai. Embora estivesse ocupado com a horta, sua presença era suficiente para me deixar feliz.



Eu não era uma menina popular na vizinhança e muito menos na escola. E sempre achei ser a minha aparência a deixar as pessoas desconfortáveis e a afastá-las, principalmente devido a minha palidez incomum. Dentro de mim havia a sensação de não me encaixar e acabava mantendo certa distância dos outros.



Ao voltar da escola, muitas vezes eu achava a lata de lixo caída na frente de casa. O significado disso era uma óbvia demonstração do quanto depreciavam os intrusos na vizinhança. Isso me deixava triste e magoada. Apreensão, dúvida e solidão assolavam a minha mente infantil. Existia em mim uma culpa infundada por ser diferente.



Então, eu me dedicava à música, liberava todos os meus sentimentos negativos tocando violino. A princípio as notas destoavam e iam de encontro a minha amargura; após acalentar meu coração, o som se tornava cada vez melhor. Eu voltava a ouvir o esboço da minha canção interior e me dedicava cada vez mais para tocá-la.



Meu pai só notava o avanço da hora quando o sol desaparecia no horizonte, quase duas horas após a minha chegada. Ao ver a lata de lixo caída no chão, sabia o ser desolado que encontraria dentro de casa. Limpava a sujeira da rua e entrava com a intenção de me alegrar.



Estacava a minha frente apreciando a minha música com desvelo. Ao pressentir sua proximidade abria os meus olhos e encontrava os seus carregados de expressão, sugerindo o quanto me amava e me estimulando a ser forte. Meu coração se aquecia com a admiração silenciosa do meu único e verdadeiro amigo.



Era o suficiente para me acalmar, deixar o violino de lado e encontrar conforto em seus braços. Meus soluços eram os únicos sons na sala, não era necessária palavra alguma, sua atenção e seu carinho eram o meu alento. Rapidamente eu me sentia envolvida por sua aura de proteção e afeto.



Em seguida, ele me levava até a escrivaninha e me ajudava com a lição. Normalmente eu era uma aluna dedicada, sempre fazia as tarefas sem necessitar de auxílio. Contudo, em minha desolação esquecia completamente de me concentrar nos estudos e precisava do incentivo extra do meu pai.



Após finalizarmos minha obrigação, papai me levava para jogar na única loja com fliperama da cidade. Hoje me pergunto como ele conseguia dinheiro para pagar as fichas, acredito que mantinha economias para minhas pequenas emergências. Não se preocupava com a hora de dormir, me levava para casa somente quando eu já estava sorrindo de orelha a orelha. Voltávamos pulando, correndo e rindo de mãos dadas.



Eu estava prestes a fazer onze anos, quando notei a preocupação do meu pai aumentar em relação ao nosso futuro. A estufa nos sustentava bem, mas não sobrava muito, eu crescia rápido e meu corpo começava a se transformar. Ele sabia sobre os desejos e necessidades de uma adolescente serem mais difíceis de realizar sem dinheiro no bolso. Contudo a minha principal preocupação era a compra de um novo violino, para acompanhar o meu crescimento.



Com a idade dele avançando, a possibilidade de seguir carreira como bailarino se esvaía. Havia um Teatro Municipal com uma pequena companhia de balé na cidade e acredito ser uns dos motivos a fazer meu pai escolher Colina Formosa para se estabelecer. Praticamente podia cuidar-me sozinha, por isso resolveu procurar o grupo e conquistou um lugar no coro. Os ensaios eram durante as minhas aulas. E os espetáculos eram apenas nos finais de semana.



Ele me levava para suas apresentações, embora fossem à noite, não terminavam muito tarde. Eu ficava na coxia apreciando cada passo do corpo de baile, entretanto, quando papai entrava no palco, meus olhos se prendiam em sua imagem. O movimento por trás das cortinas era intenso e me ignoravam. Eu escolhia um canto afastado e ali não atrapalhava ninguém, além de obter a melhor visão do meu pai dançando.



Amava aqueles momentos no Teatro, contudo o meu maior prazer era na manhã do primeiro domingo de cada mês, quando a pequena Orquestra Sinfônica da cidade apresentava uma nova sinfonia ou um novo concerto. Como papai era bailarino, eu podia ouvir tudo da coxia e apreciar a performance de cada instrumento e do concertista a se apresentar.



Naquela época a atitude do meu pai mudou. Ele sempre fora muito só e como eu era muito nova não sabia nada sobre as necessidades de um homem maduro. Nos intervalos dos espetáculos, notava sua súbita atenção para com o sexo oposto, os olhares, a tensão, os carinhos roubados. Embora inocente e ingênua, não tinha dúvidas quanto ao significado desse tipo de atenção e amizade.



De solitário e pacato agricultor, papai se tornou um belo bailarino cercado de mulheres. Não havia bailarina ou espectadora que não caísse de encantos por ele. Eu não tinha ideia da sua motivação para se modificar tanto e em tão pouco tempo. Mas eu sempre o via trocando pequenas carícias fortuitas nos intervalos dos espetáculos. E isso perdurou durante os anos seguintes.



Aos treze anos meu corpo desenvolveu formas mais femininas. Estava longe de ser uma criança e entendia melhor o relacionamento do meu pai com as mulheres. Ele nunca havia prometido nada a elas, contudo sempre havia uma em nossa porta e a sua procura. Sua beleza, junto a sua reserva o tornava ainda mais desejável aos olhos de suas “amigas”.



Esta fase foi muito complicada para mim, me tornar uma mocinha e perceber meu corpo mudar sem receber informações de uma mãe. Ver uma procissão de mulheres seguindo o papai e dividir sua atenção com elas, não foi realmente fácil. Vários conflitos internos gerados pela ebulição dos hormônios característica da adolescência, mesclados a sensação de estar sendo trocada. Tudo isso marcou muito o final da minha infância.

22 comentários:

  1. Q linda atuh Mitaaaa!!! Anita tem razão, q papai lindo ela tem... .baba. aushuahsuhausha Com um pai tão bonito era d se esperar q ficasse muito sozinho não é? Ainda mais ela crescendo e não sendo mais tão dependente.

    Fica dificil saber qual a melhor parte quando se gosta de tudo né?
    Em um resumo posso dizer q ameeeeeeeeeei!!!!


    Bjooos tiaaaa!!!

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  2. Mitaaaa que tudoo, amei mil vezes ameii ..
    Tia Mita a historia esta taoo bem escrita Anita é uma historia taoo intensa que faz a gente chorar, e comigo nao foi nenhum um pouco diferente choreii mesmoo, ver a Ani narrando a vida dela com tanta informaçoes e ao mesmo tempo nao, sabe ela consegue expressar o que sente ao tocar o que é taoo lindooo ..
    As fotos e a leitura estao maravilhosos , é um orgulho taoo grande ver vc reenscrevendo essa historia que eu sei que era uma das coisas que vc mais queria ..

    Ameiii Beijokass

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  3. Own, Mita! Eu não consigo encontar nada diferente de "perfeito" pra dizer, o que faço? Pois digo isso sempre... Fica parecendo clichê, mas realmente... =/ Desculpa, raramente tenho algo decente pra falar diante de um texto tão magnífico.

    Só consigo amar ainda mais essa história.

    ..: Bjks :..

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  4. Deh,
    Eu também acho o papai dela lindo... rsrsrsrsrsrs
    Era de se esperar que ele acabasse "pegando geral", ainda mais sendo pai solteiro. Nem podemos culpar as "amigas" que se atiram em seus braços! rsrsrsrsrsrsrs
    Ah... =$

    Mel,
    A Anita teve momentos tristes na vida, como todos temos. E os conta para encontrar-se, para entender seu passado e aprender com ele. A música é sua melhor forma de expressão, de reencontro, onde connsegue transformar sua dor em alegria.
    Eu sempre tive vontade de reescrever esta história como deveria ser... Como existia em minha mente, sem prender Anita ao mundo dos sims e isso é uma conquista para mim. Mas só seria real, se pudesse multiplicar esta experiência com vocês.

    Pah,
    Eu fico feliz por fazer com que vocês vivam esta experiência com tanta emoção quanto da primeira vez. Quem fica sem palavras sou eu, diante desta palavra: "perfeito". =$

    O que posso dizer diante de tanto carinho? OBRIGADO!!! Para mim é muito importante saber que estão apreciando Anita mais uma vez.
    bjosmil! *.*

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  5. Mita vc e a Pah matam!
    Depois q começo não quero mais parar.
    Sem falar das fotos, sempre um primor.
    Tanta tortura :(
    Camo a Pah disse não há outra palavra a não ser Perfeito
    O pior é ter q ficar sem ler até a próxima atu.

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  6. a Anita é realmente encantadora. A sua infância foi realmente difícil e triste, mas ao mesmo tempo foi fascinante. Maravilhoso o carinho do pai de Anita para com ela *-* consigo entender essa relação, porque apesar de ter uma mãe e amá-la muito, sempre fui mais 'confidente' e 'puxa-saco' do meu pai, hehehe.
    Carmita, vou ficar atenta agora ao seu orkut pra saber quando serão as atualizações e espero não deixar escapar nenhuma! Tô adorando muito...
    beijoooo

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  7. Maikon!
    Fico feliz que a leitura seja tão agradável a ponto de não querer parar. Nem demora tanto assim, na quarta tem mais!

    Thaaty,
    Eu sou apaixonada pela Anita, por isso sou suspeita para falar! =$
    Ela e o pai teem uma relação especial, afinal só tinham um ao outro.
    Nem precisa ficar grudada lá! Toda quarta e sábado sai uma publicação nova.

    Obrigada! É sempre bom saber o que quem está lendo pela primeira vez está achando. Este retorno é sempre gratificante para mim!
    bjosmil *.*

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  8. Ai filha que lindoooooo, adorei a atuh!
    O pai da Anita é mesmo um gatão!
    Estou aguardando por mais!

    bjossss
    Jamile.

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  9. Xiiiii, comentei tarde :S Mas só tive tempo de ler hoje!

    Está tão lindo! *.* Adorei!!!!! tanta emoção, adoro a sua forma de escrever, maravilhosa! As fotos são lindas, e os seus sims também.

    O pai de Anita é lindo *.* que gato! Quase que me babo! Depois com aquele corpinho com o ballet... Até era estranho nao encontrar "companhia" mais cedo!

    Adoro a forma como descreve o violino juntamente com as emoções de suas personagens. Para mim, na escrita, essa é a parte mais dificil!

    Quero ver mais! Eu sei que é proxima quarta, mas mesmo assim, 4 dias são tortura! xD fico esperando!

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  10. Mãe,
    Fico feliz que tenha adorado!
    Quem não gostaria de ser a mamãe? rsrsrsrsrsrs

    mmoedinhas,
    Sem problemas!
    Ah! Fico muito feliz por goatar tanto do meu modo de escrever. Procurei caprichar nos sims, embora mais pra frente... Vamos ver, né?
    Ah o pai dela é realmente lindo, mas estava totalmente dedicado a criação da filha e... Mais pra frente vocês vão entender melhor o que aconteceu com ele.
    Não sabe o quanto é importante o seu retorno m relação ao violino. Saber que estoou colocando as sensações certas em relação a esta parte da história é muito gratificante.
    Quarta já está quase aí! Preferi fazer menos publicações, pra não ter que parar a história no meio, como fiz muitas vezes com o Adam.

    Obrigada!!!! É muito bom saber que estão adorando a história! Este retorno de vocêsnão tem preço!
    bjosmil *.*

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  11. Mita!! A historia está ainda mais linda. Suas palavras fluem tão maravilhosamente quanto a música da anita...
    Bjos
    Mynna

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  12. Own!!!
    Obrigada sobrinha marmota!
    Fico feliz que esteja gostando desta segunda versão!

    bjosmil *.*

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  13. Olá Carmita!
    Bela atualização, muito bem feita, adorei a riqueza de detalhes! Como você consegue fazer histórias tão perfeitas... Minha admiração por estas história crescem a cada dia mais! Resumão: ameiameiamei!!! Como a Anita é bela! Estou boquiaberta até agora :O
    Ok! Falo muito, mas por hoje é "só"!!! Hehe
    Beijos :*

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  14. Errinho:
    No meu comment tá escrito "estas história"...
    Escrevi com pressa! Foi mal... :)
    Beijooooooooos

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  15. Mita! Sem palavras! Estou encantada com todos os detalhes, você sempre me surpreende... Fato!
    Aqui em casa você ganhou outra leitora, minha mãe... estamos ansiosas para a próxima atuh. s2
    Amo demais, flor!
    Bjooos.

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  16. biah.bibs,
    Fico muito feliz em poder alcançar você desta forma, eu realmente sou muito detalhista e às vezes isto acaba sendo uma barreira... Eu fico admirada por vocês ficarem tão animadas com as minhas histórias.
    Ah, erros sempre acontecem, eu sempre troco ou como uma letra nas minhas respostas!

    Carol!
    Ah... Te surpreender sempre com uma história conhecida me deixa muito feliz e até embaraçada!
    Nem acredito que sua mãe está lendo?! Sério? A minha nem quer ver! rsrsrsrsrsrsrsrsrsrs

    Obrigada pelo carinho e elogios de vocês! Sempre fico encantada com a presença de todos aqui!
    bjosmil! *.*

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  17. Rsrsrrs pois é, minha mãe tbm não lê as minhas, ela não gosta. ><
    Anita ela viu na publicidade do orkut - "Uma luz sublime envolve e penetra o meu ser ao empunhar o violino como uma extensão do meu próprio corpo." Ai falou: Nossa que frase bonita *-* Ai eu falei: mãe! É do blog que eu falei, da Mita!
    Ai pronto né! Mais uma fã! kkkkk adoro. s2
    * Impossível não se encantar minha flor, principalmente por saber o quanto você se dedica, se empenha... o resultado só pode ser perfeição, né?
    Sou apaixonada mesmo, sempre fui e sempre serei.
    bjoooos mil ;*

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  18. Carol,
    Eu me pergunto se elas não gostam ou teem medo de ler e não gostarem... Mães... rsrsrsrsrsrsrsrs
    Quer dizer que minha "propaganda" funcionou?
    Obrigada, mais uma vez! :]
    bjosmil *.*

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  19. Mitocão!! Mil perdões por não ter comentado no dia da atuh. Não sei se a Paulinha avisou, mas eu estava viajando. Enfim...

    Mita, não sei como você consegue isso, mas eu posso ler essa sua história mil vezes e a cada nova releitura, mesmo que não tenha mudado uma palavra sequer, tudo consegue parecer ainda mais perfeito.

    A conexão que há entre Anita e a música é algo divino, assim como as palavras que você utiliza para nos transmitir tudo isso.

    Amei demais, tia Mita! Só não comento mais detalhes porque é impossível escolher alguma parte que se destaque, é tudo tão... Perfeito! (É, sei que já disse isso, mas como falaram aí em cima, não há palavra melhor para descrever.)

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  20. Dim-dom...
    Nem precisa se desculpar!
    Mas é que desta vez, embora o enredo seja o mesmo, está mais amadurecida a história... .-.
    Sim, é mesmo algo divino e fora da nossa realidade terrena como ela sente a música, mas minhas palavras são todas terrenas! :}
    Obrigada querida... Sempre acho que perfeito é demais, mas só posso agradecer quando falam isso!
    bjosmil! *.*

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  21. As fotos são sempre tão lindas, Mita... *--*

    É fácil perceber todo o amor que a Ani tem pelo pai. Suas palavras, até mesmo para descrevê-lo, são repletas de admiração, zelo, carinho... E até mesmo a culpa que ela sente, por acreditar que o atrapalha, também vejo como seu amor.
    E o "som dentro dela" que é algo tão mágico... Não foi algo que ela precisou buscar para ter, já estava com ela ao nascer.
    Amo esses detalhes, Mita...
    Tão triste que excluíssem a Ani na escola e vizinhaça. Ainda mais sem ao menos a conhecer. Aparência... çç'
    O melhor fica com a amizade entre pai e filha.
    Adolescência é mesmo uma coisa, kkkkk. Para ainda mais difícil... =/

    AmoAmoAmo!!

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  22. Suh!
    Acho que ela só tem a ele e mais tarde ela até percebe que se isolou por querer manter a anteção do pai e satisfazer apenas com a amizade dele.
    Seu dom é nato e isso torna a busca pela música algo mais profundo e até espiritual.
    Acho que ela acredita ser a aparência, mas ela mesma se afasta das pessoas. E isso acaba levando os outros a mágoa, raiva e... Vira uma bola de neve.
    Adolescência não é fácil! Ç.Ç
    Obrigada minha linda!
    bjosmil *.*

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